MOSTRA DO
FILME LIVRE



A Mostra do Filme Livre é o evento cultural consolidado como maior mostra brasileira de cinema. Em 2019, o evento chegou à sua 18ª edição, envolvendo mais de 20.000 espectadores ao longo de sua trajetória. Nas trinta oficinas de vídeo organizadas pela Mostra do Filme Livre, os mais de 600 alunos de todo o Brasil realizaram 55 curtas-metragens em variados formatos.

Sua 18ª edição possibilitou a exibição de mais de 150 filmes e a realização de diversos debates, além de oficinas e cursos voltados para a instrumentalização crítica, teórica e prática acerca do cinema e do audiovisual. A edição ofereceu uma oficina de cinema experimental em Super-8, em em São Paulo, sob orientação dos realizadores Renato Coelho e Priscyla Bettim. Brasília hospedou um curso sobre o cinema Super-8 de Pernambuco, dos anos 1970, ministrado pelos chefes e curadores da cinemateca pernambucana, Paulo Cunha e Ana Farache. Além disso, o realizador Gustavo Jahn ministrou, no Rio de Janeiro, três aulas sobre seu projeto DISTRUKTUR, partindo de alguns resultados de oficinas práticas realizadas recentemente no Brasil e experimentos em 16mm. Por fim, uma pequena versão da MFL aconteceu em Belo Horizonte e Niterói; o evento produziu ainda uma nova edição do que hoje é o maior circuito cineclubista brasileiro, possibilitando sua programação ganhar imensa capilaridade no território nacional ao exibir filmes que, de outro modo, ficariam restritos ao circuito dos festivais.

Neste link mantemos informações sobre todas as edições do evento, tais como textos dos curadores, lista dos filmes selecionados junto a suas sinopses, assim como resenhas das oficinas ministradas.

Legenda da foto: A cineasta Paula Gaitán e o curador Gabriel Sanna em debate realizado no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte, em 2017, durante a Mostra do Filme Livre.


A IMAGEM E O INCÔMODO: O CINEMA DE MICHAEL HANEKE



A mostra A imagem e o incômodo: o cinema de Michael Haneke apresentou todos os longas-metragens do diretor austríaco Michael Haneke realizados para o cinema, incluindo cinco filmes ainda inéditos nas salas brasileiras e a maioria de seus trabalhos feitos para a televisão. A mostra ofereceu ainda um curso, ministrado pelo curador e pesquisador Tadeu Capistrano, e ciclos de debates com pesquisadores da área. Foram discutidas importantes questões socioculturais que envolvem a polêmica obra do cineasta, especialmente em virtude de seu diálogo incisivo com os recentes debates em torno da "política do espectador". Diante de seu cinema provocativo, a mostra ajudou a difundir seu trabalho e problematizar certos temas que assolam o mundo contemporâneo.

O ciclo de debates produzido possibilitou discutir, entre outras coisas, como no cinema de Michael Haneke palpitam as ambíguas relações entre imagem, violência e espetáculo. Para esta ação participaram as pesquisadoras Ivana Bentes, Ieda tucherman, Patrícia Rebello, Eliska Altmann, Danusa Depes e Denise Trindade, e os pesquisadores Rodrigo Labriola, Marcelo Carvalho, Juliano Gomes, Adalberto Muller, Erick Felinto, Keiji Kunigami, Hernán Ulm e Luiz Augusto Resende. O evento foi patrocinado pela Caixa Cultural do Rio de Janeiro e ocorreu em 2011, entre os dias 8 e 20 de novembro, e em 2013, entre os dias 12 e 24 de novembro.

http://www.mostrahaneke.com/

legenda da imagem: Frame do filme A professora de piano, Michael Haneke (2001)


DAVID CRONENBERG: O CINEMA EM CARNE VIVA



A mostra David Cronenberg: O cinema em carne viva exibiu a filmografia completa do cineasta canadense David Cronenberg. Além das exibições, um ciclo de conferências e um curso sobre a obra do cineasta foram realizados. Ministrado por Tadeu Capistrano, o curso investigou a obra do cineasta examinando seus principais aspectos temáticos e formais, bem como os diferentes discursos que influenciaram o contexto de emergência da sua filmografia. A partir do desmembramento da obra do diretor em uma série de eixos temáticos, observou-se como nela palpitam as intricadas e viscosas relações entre corpo, imagem e tecnologia.

O ciclo de palestra reuniu um grupo de renomados pesquisadores, destacando a importância da obra de Cronenberg na atualidade. Diante das incorporações tecnológicas que fascinam e assombram, a mostra atualizou o debate sobre as relações entre corpo, imagem e tecnologia, através do intercâmbio com especialistas de diversas áreas, o que fortaleceu o debate cultural e o intercâmbio de trabalhos desenvolvidos por pesquisadores brasileiros sobre a obra do cineasta. O evento contou com a presença dos pesquisadores Fábio Fernandes, Ieda Tucherman e Laura Cánepa. Ensaios foram produzidos para uma publicação especial vinculada à mostra e contou com textos das pesquisadoras Maria Cristina Franco Ferraz, Paula Sibilia, Ivana Bentes e Lilian Krakowski, e dos pesquisadores Adalberto Muller, Guilhermo Giucci, Erick Felinto, Evando Nascimento, João Luiz Vieira e Luiz Antonio L. Coelho. O evento foi patrocinado pelo Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, em 2011, e uma outra edição ocorreu em Belo Horizonte, no Cine Sesc Palladium, em 2015.

Legenda da imagem: Frame do filme Videodrome, David Cronenberg (1986)


MOSTRA CINEMA DE GARAGEM



A Mostra Cinema de Garagem apresentou um panorama do cinema independente brasileiro do século XXI. Os curadores Marcelo Ikeda e Della Lima selecionaram 25 longas e 44 curtas, realizados a partir dos anos 2000, que exemplificam as transformações tecnológicas, estéticas, éticas e políticas por que passa o cinema brasileiro contemporâneo. Além dos filmes, o evento se complementou com um ciclo de debates, composto por cinco mesas em que críticos, pesquisadores e realizadores discutiram algumas das características dessa cena e lançaram desafios para essas produções. Cinco sessões comentadas, com conversas com o público sobre o processo de realização de cinco longas-metragens, com a presença dos próprios realizadores desses filmes. O catálogo da mostra contém 12 artigos, escritos por críticos, pesquisadores e artistas, ampliando o debate crítico sobre o cinema brasileiro ao analisarem aspectos centrais desse contexto de realização.

Patrocinada pela Caixa Cultura, 19 filmes foram exibidos em Fortaleza, em 2011, onde produzimos debates os realizadores Jean-Claude Bernardet, Adirley Queirós, Andrea Tonacci e Clarissa Ramalho, além de palestras com os curadores. No mesmo ano, o Rio de Janeiro hospedou o evento, o que possibilitou a exibição de 26 filmes e debates com os realizadores Arthur Tuoto, Cristiano Burlan e Taciano Valério, mediados pela curadoria da mostra. Uma segunda edição do evento ocorreu em 2012, também no Rio de Janeiro.

http://www.cinemadegaragem.com/2012/apresentacao.html
Catálogo de 2012
Catálogo Fortaleza 2011
Catálogo Rio de Janeiro 2011


Legenda da imagem: Frame do filme Aboio, Marilia Rocha (2005)


A PINTURA EM PÂNICO



A pintura em pânico foi uma exposição de artes visuais que contou com 52 fotomontagens feitas pelo poeta brasileiro Jorge de Lima, resgatando assim a memória do livro “A pintura em pânico”, publicado em 1943, cujos originais se perderam. Realizadas entre 1930 e 1940, as imagens e textos criados pelo poeta configuraram uma unidade complexa de referências fragmentadas e contraditórias, tendo como objetivo declarado provocar uma sensação poética no espectador. Inspirado pelo movimento Surrealista, Jorge de Lima foi um dos fundadores das práticas fotográficas experimentais, o que ressalta sua importância para a história da arte nacional.

Com curadoria da pesquisadora Simone Rodrigues, a mostra exibiu também ampliações feitas a parte de 11 originais que sobreviveram nos arquivos de Mário de Andrade e que se encontram atualmente no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. A mostra contou ainda com um ateliê permanente para realização de oficinas de fotomontagens, aberta ao público de qualquer idade que desejasse realizar sua própria experiência através dos recursos de seleção, recorte e colagem. Patrocinada pela Caixa Cultural do Rio de Janeiro, o evento ocorreu em 2010, entre 16 de março e 02 de maio.


CINEMA SECO



Cinema Seco foi uma mostra voltado para a exibição de filmes brasileiros criativos, secos pelas condições de produção e pela temática infiltrada na realidade brasileira, com forte dose de talento e originalidade. O título da mostra foi inspirado tanto no filme de mesmo nodo do diretor pernambucano Lírio Ferreira (1965) como também pelo termo cunhado pelo diretor Amin Stepller, para designar um pequeno grupo de projetos cinematográficos dos anos 2000, desenvolvidos em Pernambuco.

Foram exibidos 9 longas e 9 curtas-metragens. produzimos um debate com a presença do cineasta Octávio Bezerra, do crítico de cinema Hernani Heffner e do escritor e jornalista Ronie Lima. Entre outras questões, o debate traçou paralelos entre a produção cinematográfica brasileira e temas ligados à realidade sócio-ambiental no Brasil. A mostra ocorreu entre os dias 16 e 25 de novembro de 2007, sendo patrocinada pela Caixa Cultural do Rio de Janeiro.

Legenda da imagem: Frame do filme A grande feira, Roberto Pires (1961)


CINEMA FANTASMA



Cine Fantasma foi uma série de intervenções de vídeo e performance que explorou o modo como estruturas simbólicas e materiais se entrelaçam com as paisagens urbanas. Através de colagens audiovisuais projectadas nas superfícies e fachadas de edifícios abandonados ou ameaçados de desaparecer, investigamos a importância da memória que constitui uma identidade local. Em vez de uma perspectiva nostálgica, exploramos os resultados da montagem e projeção de imagens, não baseadas no espetáculo ou lógicas de consumo, mas nas noções de comunidade e pertencimento. O material utilizado para as projeções foi montado de forma colaborativa - por meio de oficinas, mecanismos de busca online e offline, entrevistas - encarnando a memória coletiva e afetiva do local em questão. Portanto, se configurou como uma série de pesquisas e intervenções em locais específicos, ocorridas entre 2013 e 2014 em várias cidades do Brasil, e em Berlim, Alemanha, como parte da Vorspiel / transmediale 2015, em Roma, no LPM Festival e no Festival BH Eletronika. Como se fosse algum tipo de arqueologia, o projeto perseguiu nas ruínas, desvios e fraturas do passado as condições para a possibilidade de compreender o presente e formular outros futuros.

QUEM SOMOS



GuiWhi - Realizador, produtor e cineclubista, idealizou a WSET no ano 2000, com o intuito de produzir filmes e eventos voltados para exibição e discussão da produção cinematográfica, especialmente a nacional.



Matheus Frez - Bacharel em Sistemas de Informação - CEFET - NF, desenvolvedor Full-Stack há mais de 5 anos, atuando em diversos projetos privados além de ser responsável por projetos como curta o curta, mostra livre e cineclube lumiar.